quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Outro Caso do Nosso Futebol


CELEBRIDADE
A genialidade de Chico Buarque de Holanda toca corações e mentes. Emanuel Messias, amigo, músico, contador, mágico e integrante do Aero, um grupo musical histórico no município de Cataguases, foi mordido pela mosca azul e apaixonou-se de vez pela obra e pela vida do compositor, escritor, cantor, poeta, etc. Por conta disso, conhece praticamente todos os passos de Chico Buarque nesse mundo de Deus. Canta e toca as músicas, sabe as letras, tem os discos e num bom papo, sempre tira da manga uma história “Buarqueana” para contar.
Aqui começa o Caso. Um dia, Emanuel ficou sabendo que um tio seu, conhecido na cidade por Miraí, havia atuado como jogador do Flamenguinho no final da década de 50, quando o time estava treinando no campo do Gimnásio de Cataguazes, exatamente no período em que Chico ali estudou.
Entusiasmado, ele procurou seu parente e perguntou-lhe se, por acaso, num dos dias de treino, o artista – o Chico - havia aparecido. Pediu que ele buscasse em suas lembranças uma palavra, um olhar, qualquer detalhe, um momento fugaz de seu ídolo, naquela época. Seria mais um precioso registro para o seu banco de informações. Para estimular a memória do tio, tirou do bolso uma foto do compositor e mostrou, agitado, na ânsia de conseguir fazê-lo lembrar-se:
-É esse, tio, vê se o senhor se lembra desse garoto, é o Chico Buarque!
Miraí olhando bem para a foto, cruzou as pernas, recostou na poltrona, franziu a testa, respirou fundo e mandou:
-Olha Emanuel, realmente, havia alguns meninos que ficavam na beira do gramado pegando as bolas que saiam pela lateral. Esse aqui, eu não estou sabendo quem é, mas, de qualquer forma, faz o seguinte: liga pra ele e fala do “Sarrafo”. Tenho certeza de que ele vai se lembrar de mim.