quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Dois casos do Futebol de Cataguases

Deixa comigo!

Jogo entre o Bairro Jardim e o time do Eurides, o Brasil, no campo do Flamengo, em Cataguases, no início da década de 70. Partida quentíssima! O juiz, José Cabrita, correndo ao lado, estica os ouvidos para captar o que perguntava o maestro Bugarim, meio campo do Bairro Jardim:
Seu José, por favor, quanto tempo falta pra terminar o jogo?
Artur estava preocupado com aquele zero a zero e buscava a informação para pensar nova estratégia para vencer o jogo. Percebeu que tinha um aliado na sua empreitada. Ainda na corrida, olhando o relógio, Cabrita respondeu:
- Faltam quinze, joga na área que eu dou pênalti.

Desentendido

Dr. Astolfo, truculento delegado da cidade na década de 1950, encontra Jaú Feijão zanzando numa quebrada, madrugada de sábado, nas imediações do bairro Leonardo.
Blitz. Jaú arrochado na geral, mãos na nuca, se identifica como jogador de bola de uma boa equipe da cidade na época. Busca uma saída daquela situação constrangedora e, simpático, lembra ao policial de seu perfil de jogador popular, muito admirado pelos torcedores:
- O senhor não me conhece, Doutor? Sou o Jaú...o Jaú Feijão, lateral do Operário.
- Não lhe conheço nem quero conhecer, seu boçal! Retruca o delegado
Jaú com a sua habitual mansidão e sem entender o significado do qualificativo, agradece:
-Boçal? Bondade sua, doutor, bondade sua.

Um comentário:

  1. Admiro sua inspiração e bom humor.
    Um abraço.

    Lourdes
    Juiz de Fora

    ResponderExcluir